Entre a vontade e a inércia

Eu acho que todo mundo já deve ter sentido um pouco de como eu me sinto, principalmente nos últimos anos e com o turbilhão de emoções que vivemos.

A vontade de mudar, de deixar a repetição e fazer algo que me mova é grande. Ao mesmo tempo, me sinto travada, sem reação.

E eu venho fazendo uma mudança de hábitos. Me atento mais ao que como, faço caminhadas regularmente (tenho até duas medalhas para comprovar!), estudo inglês, leio livros, entreguei tudo o que precisava para terminar a minha pós-graduação, vou tirar minha carteira de motorista (finalmente!). Poxa, eu tô me esforçando!

Mas sabe quando parece que isso não significa nada?

E eu sei que muitas das frustrações que tenho são vindas de fatores externos. Vivemos em um desgoverno, é crise climática, crise econômica, pandemia, violência. É difícil para o ser humano deixar essas coisas de lado e seguir com a vida como se nada disso estivesse acontecendo. Eu me concentro nelas alternadamente, mas confesso que, às vezes, mal dou conta dos meus próprios problemas.

Além de tudo, ainda temos a comparação com o outro nas redes sociais. Mesmo sabendo que o que vemos lá é uma verdade editada, que é só uma pequena parcela da vida de alguem, ainda assim parece que todos estão avançando menos você.

E a vida vai seguindo…

Eu tenho mania de me colocar pequenas metas sempre no ínicio do ano. Vou seguindo bem até o primeiro trimestre. Desando no segundo e quando chego na metade do ano, quero desesperadamente fazer coisas novas, sair da repetição dos dias.

Além disso, fiz 30 anos. É hora de mudar, é hora de fazer aquilo que vai me trazer felicidade nos próximos 30.

Eu cheguei na metade do ano. Estou com aquela inquietação.

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