Burnout de conteúdo

Você dá conta de tudo o que se propõe a fazer? Eu não. E percebi que nem sempre o problema é que não me dedico o suficiente, às vezes não dá mesmo! Sou só uma e meus clones ainda não chegaram para me ajudar a abraçar todas as possibilidades do mundo.

Estou falando isso por conta de uma discussão levantada no Instagram pela Gabi Barbosa com base nos tweets da @anaguadalupe. A questão central era o burnout de conteúdo. Para quem não conhece o termo, burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estresse e esgotamento emocional, ele é provocado pelo excesso de envolvimento com as questões relacionadas ao trabalho.

Cena de THE BIG BANG THEORY
A temporada final de The Big Bang Theory foi a última que vi e só consegui porque marquei na agenda como um compromisso

E como isso se relaciona com conteúdo e entretenimento? Tem aquela série que todo mundo está falando e você ainda não viu, aquela música nova do artista favorito que você não sabia sequer que ele que tinha lançado, os stories da viagem da blogueira que você ama e que não conseguiu parar para assistir, o podcast jornalístico que você curte mas não tem dado uma atenção eficiente, o livro que você comprou no lançamento meses atrás e nem começou a ler, aquela newsletter com dicas profissionais que você assina e nunca abre, aquele tutorial em vídeo que fica te encarando da barra de favoritos do navegador. E tudo isso acontece junto da vida.

Você está consumindo conteúdo ou o conteúdo está consumindo você?

Tem também a questão do FOMO (fear of missing out) e o medo de estar de fora das coisas. Às vezes chego em casa e descubro que estava rolando o maior debate na internet sobre algo que eu acho interessante mas fiquei de fora. Poxa, às vezes acontece mesmo. Eu também estou criando meus próprios conteúdos, estou trabalhando, estudando, seguindo a vida ou fazendo vários nadas e está tudo ok.

UMA COISA DE CADA VEZ

Vou ao cinema durante a semana, acho mais tranquilo e o meu trabalho permite um horário flexível. É engraçado pois sempre que estou pronta para começar a ver o filme, tudo acontece. É a chefa ao telefone, mensagens no whatsapp, e-mail pedindo algum material… Eu corro pra entregar tudo antes do filme iniciar e, a partir do momento em que as luzes de apagam, me permito estar em outro mundo por algumas horas.

Quando sair, lido com o que for necessário, mas lá dentro a minha atenção é plena para a história que está sendo contada.

Tento trazer pequenas mudanças de comportamento para a minha vida. Só mexo no celular no intervalo da TV, carrego totalmente a bateria do notebook e só trabalho com ele fora da tomada como que em uma contagem regressiva de energia que me coloca mais focada.

FREQUÊNCIA X INTERESSE

Eu trabalho com comunicação e sei como que tem um lado perverso das redes que obrigam o criador de conteúdo a ter uma frequência de postagem altíssima para conseguir alcance. Isso frustra uma galera que, como eu, cria conforme a vontade de compartilhar.

Ao mesmo tempo, nunca tivemos tanta oferta de informação disponível. Isso é bom e é ruim. A informação sozinha não vale nada, é no outro que ela tem sentido, é na comunicação que atinge as pessoas. As fake news fazem parte desse grande mar de informações e conteúdos, sabiam? Cabe a todos nós refletirmos sobre o como e o porquê de estarmos consumindo algo.

E você, já fez a curadoria de conteúdo da sua vida?

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