O final do ano passado foi tão corrido que nem consegui fazer o meu tradicional post de Balanço Literário. Para “compensar”, vou trazer neste primeiro semestre as indicações das três melhores leituras que fiz neste início de 2022.
Quando eu parti
Esse tem até resenha aqui no blog. A jornada da protagonista Maribeth me fez refletir muito sobre a nossa vida acelerada e multitarefa, principalmente enquanto mulher com aquele sentimento de que preciso cuidar de tudo e de todos. Acontece que isso acabar gerando um negligenciamento pessoal, nos colocando em segundo plano e sem o mesmo zelo que é dedicado aos outros.
No caso da Maribeth, a vida deu um alerta a partir do corpo: ela teve um ataque cardíaco. Isso foi o estalo que ela precisava para ver que não dava para seguir do jeito que estava. Como alguem que já passou por burnout, entendo o sentimento de que é preciso mudar ou aquilo vai te destruir.
📚 É o meu livro favorito do ano até o momento. Tem a resenha completa publicada aqui no blog.
O Cortiço
Não cheguei a resenhar este, mas amei demais. Ele é o suprassumo da fofoca de vizinho. Não tem como não se envolver com a história deste cortiço que abriga tantas vidas diferentes, tantos sonhos, brigas e amores.
O livro consegue ser muito divertido, ter ação e também fazer uma critica social. Ele nos traz a perversidade do capitalismo e as consequências da ausência de cuidado do Estado com sua população. Vencer na vida por conta própria é muito difícil, ainda mais no Brasil, que tem sua história marcada pela exploração e por violências.
É literatura nacional de altissíma qualidade e que se mantém relevante e atual até os dias de hoje.
Fuga do Campo 14
Outro que gostei muito, mas também não cheguei a resenhar. Este traz um tema que merece a nossa atenção: a existência de campos de concentração na Coreia do Norte nos dias de hoje.
Sabemos que o regime político lá é ditatorial, muito fechado e que praticamente todas as informações divulgadas pelo governo norte-coreano são falsas, por isso que precisamos estar atento às declarações. Em 2014, a Coreia do Norte admitiu a existência de campos de concentração para “reformar” cidadãos.
Um das histórias mais conhecidas sobre isso é a de Shin Dong-hyuk, que nasceu no Campo 14 e viveu uma vida miserável, violenta e encercarada até conseguir fugir, aos 23 anos. O livro que indico conta justamente o relato de Shin e nos traz um panorama da história da Coreia do Norte.
Apesar de ser um tema mais pesado, a leitura flui tranquilamente. As coisas vivenciadas por Shin são tão inacreditáveis que devorei o livro tentando aprender mais sobre a questão.
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