Tubarão – Peter Benchley
Editora: DarkSide Books
Ano: 2015
Páginas: 280
Compre: Amazon
Eu considero Tubarão o melhor filme do Steven Spielberg, acho ele sem igual. Então, não tive duvidas na hora de escolher o livro que deu origem ao longa para ser a leitura de suspense do Desafio Doze Meses Literários de abril.
Logo de inicio, Peter Benchley nos avisa que o estúdio só se interessou pela parte do tubarão para criar o filme. O romance e a máfia (isso mesmo), ficaram de fora. Eu creio que não houve perda, pois o filme possui um ritmo bem interessante, enquanto o livro tem uma narrativa mais fragmentada que nem sempre cabe na hora de montar um filme.
A trama se passa em Amity, um balneário ficcional situado em Long Island, Nova York. Ele vive do turismo de veraneio e sem isso a cidade pode se acabar. Todos estão cientes disso, mas quando, às vésperas de um feriado, o corpo de uma turista é encontrado na praia, o chefe de polícia, Martin Brody, não pensa duas vezes e ordena o fechamento das praias da região.
Você tem de entender. Não há nada nesse mar de que esse peixe tenha medo. Outros peixes fogem de coisas grandes, é o instinto deles. Mas esse peixe não foge de nada. Ele não sabe o que é medo. (Pág. 92)
Todos querem abafar o caso, inclusive o prefeito, Larry Vaughan, que está mais preocupado com o dinheiro e com questões pessoais. Com muita relutância e a presença de um especialista no local, Matt Hooper, o banho é liberado e a cidade pode ter o seu verão. Porém, isso se mostrará só o começo do banquete do terrível tubarão e de uma série de conflitos na vida do chefe Brody.
Eu me surpreendi muito com esse livro. A leitura foi frenética, eu o devorei tão rápido quanto o temido animal devora suas vitimas. É engraçado pois o inicio e o final do romance são todos dedicados ao tubarão, páginas e mais páginas da sua ação. Já o meio mostra um série de situações vividas por Brody e aqueles que o rodeiam.
O passado sempre parece melhor quando você se lembra dele, mais do que realmente foi na época. E o presente nunca parece tão bom quanto parecerá no futuro. É deprimente ficar muito tempo revivendo as velhas alegrias. Você acha que nunca terá algo tão bom novamente. (Pág. 117)
A primeira vista, pode parecer que o tubarão seja a personificação do mal e o inicio de todos os problemas na vida daquelas pessoas, mas, na verdade, ele é apenas o gatilho para os conflitos que já estavam latentes e amargurados dentro de cada um. É realmente incrível, Peter Benchley escreveu vários livros dentro de um só.
Não tem como deixar de comentar a belíssima edição de 40 anos da obra que a DarkSide Books trouxe para o público brasileiro. Eu tenho a versão brochura que tem uma proposta de capa bem diferente, com muitas imagens da adaptação cinematográfica, mas há também a Limited Edition (capa dura). Sem dúvida, um livro imperdível!
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