Cemitério de Plástico – Victor Allenspach
Editora: Edição do autor
Ano: 2016
Páginas: 48
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O Victor Allenspach não para. Ele, que está sempre trabalhando para divulgar o seu livro A Procura de Vida Inteligente, teve uma sacada genial: lançar um livreto com um dos contos do livro.
Cemitério de Plástico é um dos oito contos que compõe o livro A Procura de Vida Inteligente e, na minha opinião, é um dos mais fortes.
Na trama, a única memória que resta é seu próprio nome, Dante. Talvez não seja um nome, apenas uma lembrança antiga que o desastre não apagou. Houve um desastre. Um acidente? Dante acorda e corpos e destroços estão espalhados à sua volta. Será que alguém mais está vivo? Ele está ferido, e não há tempo de procurar as respostas.
Destroços se espalharam pelo deserto, da mesma forma que inúmeros corpos. Uma cena monstruosa de cabeças decepadas e pessoas desconstruídas, como se fossem brinquedos de encaixar. (Pág. 05)
Dante precisa sobreviver. Ele calcula suas chances. Parece impossível enfrentar uma difícil jornada pelo deserto. Um deserto hostil que traz mais duvidas do que soluções mesmo quando algo que parece ser bom acontece. Não é possível.
Dante ainda precisa recuperar o seu passado que parece mais gravemente ferido que seu braço, que foi atravessado por um pedaço de ferro na queda da nave. Sozinho, estaria ele livre? Que tipo de liberdade seria essa? Uma voz, que não é a sua consciência, vem questionar isso.
– Talvez você não queira se lembrar! (Pág. 31)
Nessa ficção científica cheia de analogias entre homens e robôs, Victor Allenspach nos dá apenas uma pequena prova do que é a sua obra na totalidade. Um conto avulso é instigante, já a história que a união deles todos forma, é algo chocante.
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Você não vai se arrepender! 😀
Beijão!