Psicose – Robert Bloch
Editora: DarkSide
Ano: 2013
Páginas: 240
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Depois de já ter visto a adaptação para o cinema (recentemente, inclusive) e estar em dia com a série Bates Motel (que funciona como um prequel), fiquei imaginando como seria a minha experiência com o livro Psicose. Eu iria me envolver? A história iria ficar sem graça uma vez que já sabia como acabaria? O resultado não poderia ser mais positivo, pois só o livro nos oferece informações únicas e avassaladoras.
Não é a toa que quando o cineasta Alfred Hitchcock conheceu a história, comprou os 3 mil exemplares disponíveis e os escondeu. Nenhum spoiler iria estragar a experiência das pessoas com esse thriller eletrizante.
O clássico de Robert Bloch, originalmente publicado em 1959, foi livremente inspirado no caso do assassino americano, Ed Gein, que roubava túmulos para esquartejar cadáveres. Gein também foi condenado pelos homicídios de duas mulheres, além de ser suspeito no desaparecimento de outras cinco pessoas.
Na psicose, o individuo se desliga da realidade. Nesse, que é um distúrbio comum, a psique funciona de maneira atípica. A pessoa pode delirar, ter alucinações, fixação em algo e se comportar de maneira bizarra, o que leva a um desequilíbrio no convívio social.
No livro, Mary Crane fugiu após roubar, do seu chefe, o dinheiro que foi confiado a ela para depositar num banco. Ela foge ao encontro de Sam Loomis, seu namorado, na cidade em que este vive. Ela quer construir uma vida com ele. Após passar várias horas do final de semana dirigindo, Mary vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é o estranho, mas muito educado, Norman Bates.
Quando você começa a especular desse jeito, uma vez que reconhece que ninguém sabe como funciona a mente de outra pessoa, você tem de admitir: tudo era possível. Pág. 115
Mistério e terror no livro Psicose
Quando Lila, irmã de Mary descobre que esta desapareceu, procura Sam para saber se ele tem notícias dela. Sam não sabia de nada, pois Mary nunca chegou ao seu destino. Os dois começam então, a reconstruir os passos da moça para tentar descobrir o que houve, mas as descobertas serão cada vez mais terríveis.
No filme, as coisas acontecem e nós apenas vamos acompanhando. No livro, estamos na mente dos personagens, principalmente na de Norman, e isso torna a história muito mais louca. Mary nem desconfia que ele é um homem atormentado por sua mãe controladora. Tentar seguir o raciocínio do Norman é perceber como a psicose decorre de algo muito mais profundo.
Essa é a edição em brochura, mas há também em capa dura. Em ambas a DarkSide faz um excelente trabalho gráfico, pois o livro é bonito, bem diagramado e ilustrado. A edição caprichada é um presente para os colecionadores e todos aqueles que amam um bom livro.
Psicose é indispensável!
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