O signo dos quatro – Sir Arthur Conan Doyle
Editora: Melhoramentos
Ano: 2011 (integra um box com outros dois livros)
Páginas: 232
Um pouco de Sherlock Holmes sempre deixa a vida melhor.
No romance, a jovem Mary Morstan procura pelos serviços do detetive, ela quer saber o que aconteceu de verdade com seu pai. Ele está morto e ela, quatro anos após a morte dele, começa a receber anualmente uma pérola valiosa enviada de maneira misteriosa.
Seis anos se passam assim, até que um dia Mary recebe um bilhete da mesma pessoa que lhe enviava as pérolas, marcando um encontro. Curiosa, mas sem saber que decisão tomar, ela pede a ajuda do detetive e do seu fiel assistente Dr. Watson para desvendar os mistérios.
A Srta. Morstan vestia uma capa escura, e seu rosto delicado estava sereno, embora pálido. Ela não seria uma mulher normal se não sentisse um certo desassossego quanto à estranha missão em que estávamos embarcando. Mesmo assim, seu autocontrole era perfeito, e prontamente respondeu às perguntas adicionais que Holmes lhe fez. (Pág. 35)
Mary é uma personagem maravilhosa, vemos retratada uma mulher forte daquela época. Sua relação com os rapazes, nessa trama que tem uma boa dose de ação, também é muito boa.
Em O signo dos quatro vemos a dupla Sherlock e Watson como realmente é, com a confiança, a parceria e o trabalho em equipe. Muitos pensam que o detetive da rua Baker usa métodos extraordinários, mas nessa história vemos que é da simplicidade quem vem a solução de seus enigmas. De maneira brilhante ele consegue preciosas informações. Sherlock, ao observar o outro, sabe muito bem o que fazer, dizer e como fazer, como numa dança em que ele conduz de maneira sutil e quase que imperceptível.
– Ele afirma que, ainda que o homem seja, individualmente, um enigma insolúvel, no grupo torna-se uma certeza matemática. Por exemplo, nunca se pode predizer como um homem irá agir. Mas pode-se dizer com precisão o que, na média, os homens fazem. (Pág. 167)