A vida como ela era – Susan Beth Pfeffer
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2014
Páginas: 375
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Primeiro livro da quadrilogia “Os Últimos Sobreviventes”, A vida como ela era me surpreendeu muito e me fez ansiar pelas sequências. Este livro virou um dos meus favoritos da vida.
Na história, através das palavras escritas por Miranda em seu diário acompanhamos uma grande mudança que ocorre no mundo. Miranda tem somente 16 anos e é uma garota normal em uma família normal. Porém, algo surpreendente está perto de acontecer.
Todos os Homo sapiens e Neandertais olharam para a mesma Lua que eu olho. Ela também aparecia e desaparecia do céu deles. (Pág. 20)
Um meteoro irá colidir com a Lua, os cientistas e todos estão animados, pois, apesar de dizerem que a colisão vai ser pequena, será um grande evento e todos poderão assistir de suas casas. Só que não é bem isso que acontece, o impacto é muito maior que o esperado.
O evento na Lua começa a alterar de uma maneira alarmante o clima no planeta. Tempestades, neve, tsunamis e vulcões são apenas algumas das catástrofes. Miranda e sua família estão assustados assim como todos no planeta e tentam dia após dia sobreviver e manterem-se unidos e sãos.
De qualquer modo, sinto falta de sorvete, de nadar na piscina e de me sentir tranquila ao olhar para o céu à noite. (Pág. 70)
Sobrevivência e relações familiares
Nesse mundo devastado, até a água começa a se tornar um luxo. De maneira muito verdadeira esse livro nos apresenta a sobrevivência. Por vezes me senti aflita e abalada com a história, pois não há nada de sobrenatural ou incrivelmente fantasioso nela e isso torna tudo tão mais próximo de nós. É um olhar sobre a civilização humana.
Vi em outras resenhas algumas pessoas acharem a Miranda imatura. Em A vida como ela era todos amadurecem de uma maneira forçada, mas cada um em seu tempo. Miranda tem 16 anos, é uma adolescente cheia de sonhos e de dilemas pessoais. Tento enxergar pelos olhos dela, fica bem mais fácil quando nos lembramos de como éramos com essa idade difícil. Vemos como uma adolescente olha o mundo e percebe que ele é muito maior do que aquilo que ela estava acostumada. Todas as coisas que acontecem e nos rodeiam tem impacto na nossa formação como individuo.
A vida pode não continuar do modo como a conhecemos hoje, mas ela continuará. A vida resiste. Sempre acreditarei nisso. (Pág. 173)
A mãe dela é minha personagem favorita dessa trama de escrita fluida que quero muito seguir lendo.
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