Azul é a Cor Mais Quente – Julie Maroh
Editora: Martins Fontes
Ano: 2013
Páginas: 158
Fazia tempo que eu não lia uma graphic novel tão sensível. Esse livro é incrível.
Muita gente faz um bafafá porque é uma história de amor lésbico, mas essa é só mais uma história de amor. Tire o véu dos olhos e enxergue assim, de maneira simples.
Com traços e palavras muito delicadas, o livro conta a história de amor entre a jovem Clémentine e Emma, uma moça de cabelos azuis que muda radicalmente a sua vida. Emma desperta em Clémentine sensações e sentimentos que ela então desconhecia, e muitos até considerava errados.
Eu me sinto perdida, sozinha, no fundo de um abismo. Não sei o que fazer, e tenho a impressão de que tudo o que eu faço nesse momento é antinatural… (Pág. 27)
Enganar os outros em relação ao que se sente é enganar a si próprio. A auto-descoberta e a autoaceitação são peças fundamentais na narrativa, pois é a partir delas que Clémentine enfrentará os olhares alheios e descobrirá as possibilidades no amor que Emma tem a lhe oferecer.
E pouco a pouco eu entendi que os caminhos para amar são múltiplos. Não se escolhe quem a gente vai amar, e a nossa concepção de felicidade acaba aparecendo por si mesma, de acordo com a nossa experiencia de vida… (Pág. 79)
Tristeza, preconceito e humilhação também se fazem muito presentes. É o drama de um amor que não é bem visto para os outros e que encontra forças, muitas vezes, na amizade verdadeira e desinteressada.
O livro já começa pelo “final” e mesmo, de certa forma, eu já sabendo como ia terminar, não conseguir deixar de me emocionar.
Em 2013 ele foi adaptado para o cinema, com título homônimo. Confira a resenha!
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Eu adorei os dois. <3
E concordo com você, não tem como não se emocionar mesmo sabendo o final.
Beeijos
Beatriz Baesso
Agora mesmo que fiquei com vontade de ler o livro!
Essa história é linda, todo mundo tem que conhecer.
Beijos!