Pérola – O ano do Dragão – Rosana Rios e Georgette Silen
Editora: Callis Editora
Ano: 2014
Páginas: 456
Compre: Amazon
Terminei de ler Pérola – O ano do Dragão, da Callis Editora e pensa num livro incrível!
São 456 páginas que vem pra acabar com aquela imagem de que o público juvenil não lê livros grandes. O trabalho de Rosana Rios e Georgette Silen prende a atenção desde o inicio e as ilustrações feitas por Marco Antonio Godoy são belíssimas. Imaginei as artes na forma de tatuagens.
Pérola – O ano do Dragão tem uma trama na qual o passado e o presente se cruzam. A jovem Pérola, ou Lila como gosta de ser chamada, é uma adolescente comum, com dificuldades de se relacionar na escola e que tem pouca comunicação com a família. O pai os abandonou e isso marcou profundamente à todos. O que ela mais deseja é um pouco de paz na sua vida, tranquilidade sem ser incomodada.
Em uma visita a uma loja de artigos misticos e orientais ela, encantada, coloca um bracelete de dragão em seu braço. Essa peça não sairá do seu braço por nada e a senhora Mei, dona da loja, faz com que ela trabalhe lá para pagar sua divida. Pérola não gosta muito da ideia de trabalhar ao lado de Lucas, filho da proprietária.
Lila arregalou os olhos, aterrada. Trabalhar ali? Ao lado de Lucas? Todos os dias? Teve vontade de pedir a senhora Mei que usasse uma de suas espadas chinesas para amputar seu braço e tirar o bracelete: sofreria menos. Ele também não parecia gostar muito da ideia. (Pág. 34)
Sonhos estranhos começam a atordoar. Ela vê histórias que aconteceram na China séculos antes e descobre que Hien, a ultima pessoa que usou a joia está aprisionado nela. Hien foi um jovem humilde, que perdeu a mãe e tudo o que amava quando era menino. Ele acreditava ter sido esquecido pelos deuses e se tornou um ladrão. Certo dia, profanou o templo de Long Mu, mãe dos Dragões, a joia que ele encontrou lá lhe deu poderes incríveis, dos quais ele não era digno. O coração do Sem Fé (como era chamado pelos deuses) era cheio de ódio.
Hien levantou-se e fechou a mão ao redor da joia, percebendo a força que emanava dela e que, agora, era sua! Teria poder. Teria riquezas! E ninguém poderia detê-lo. (Pág. 45)
Pérola acompanhava as histórias de Hien e viu ele fracassar diante das provas que lhes foram dadas. “Quatro chances terá de provar seu valor aos deuses”, dizia a sentença. Lila teria que passar pela mesma provação.
O poder assusta e também maravilha. Ele fascina alguém que sofre tanto quanto Lila, é entorpecedor. O dragão sabia disso e ele se alimenta dos desejos e pensamentos da jovem. A jornada dela estava só começando.
Pérola – O ano do Dragão é bem sombrio em algumas partes, eu recomendo para jovens que vão começar a ler sagas ou épicos históricos. Daria um filme muito divertido e interessante. Eu aprendi muito com esse livro, princialmente sobre a cultura oriental. As informações nos são dadas de maneira muito clara, bem construídas e nem um pouco enfadonhas.
Descobri que o importante é ter honra. Lila aprendeu isso também, quando viu que seu destino estava traçado muito antes dela nascer e, enfrentou com maturidade sua ultima provação.
Ela era, a própria Lagrima da Ostra, que deveria ser destruida, antes que Yanluo retornasse do Di Yu. Sua morte anularia todos os poderes e todas as ameaças. (Pág. 392)
Pérola – O ano do Dragão é um livro incrível! Fiquei muito feliz por ter a oportunidade de lê-lo!
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