Se você ver o nome de Marcello Mastroianni no elenco de um filme, vá vê-lo. Não perca essa chance.
Assim como Clark Gable, Mastroianni tinha aquele charme blasé, era um galã movido pelo romantismo, mas também um canalha ao mesmo tempo. Dessa maneira, não tem como não se encantar desse a primeira cena.
Fiquei curiosa quando ouvi falar de Divórcio à Italiana (1961), uma comédia dirigida por Pietro Germi. Na trama, Marcello Mastroianni é o barão Ferdinando Cefalù, mais conhecido como Fefé, que está entediado com sua a vida e com sua mulher, Rosália (Daniela Rocca). Ele nutre uma paixão pela prima Ângela (Stefania Sandrelli). Como o divórcio era impossível na Itália dos anos 60, Fefé decide que matar a esposa é a melhor maneira de se ver livre dela. Ele conclui também que deverá simular uma situação de adultério pela parte dela, assim o crime de honra o livraria da cadeia.
Divórcio à Italiana é engraçado do inicio ao fim, a pegajosa Rosália sufoca Fefé com seu excesso de amor, porém ela é divertida. Mais divertidas ainda, são as cenas em que Fefé trama possíveis mortes para a esposa, não tem como não se identificar. Todos nós já imaginamos uma maneira de que alguém que é muito chato simplesmente suma. A imaginação vai longe.
Passamos a torcer pelo amor entre os primos, porém nos divertimos muitos com os trejeitos e costumes de uma clássica família italiana, não tem como não rir. Ainda há uma propaganda ao filme “La Dolce Vita” (estrelado pelo ator) no meio. As imagens de Mastroianni não aparecem, é claro, mas a inserção dele na história a deixa mais engraçada e está também num ponto fundamental da trama.
No final de Divórcio à Italiana, depois de tantas reviravoltas na vida dos protagonistas, parece que tudo vai se acalmar e o amor entre o casal vai finalmente dar o tom, porém, ninguém pode mandar no que deseja. Seu desfecho é como todo o filme, muito engraçado e nada obvio. Excelente e com um humor sarcástico. Imperdível!
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