O Gato viu: Elysium

Elysium é o segundo filme do diretor e roteirista Neill Blomkamp (o primeiro é Distrito 9, feito em 2009 e que foi indicado a quatro Oscars).

Em 2159, a Terra estará superpopulosa e com escassez de recursos naturais. Com isso, os ricos fugiram e se refugiaram na estação espacial Elysium, enquanto a parcela pobre da população mundial vive no planeta que se tornou um enorme desalento, sujo e abandonado.

Na trama, Max (Matt Damon) entra em uma câmara radioativa da fábrica onde trabalha na Terra. Ele faz isso a mando de seu chefe, para destravar uma porta automática, que fecha com ele dentro. O rapaz toma uma carga completa de radiação e lhe resta aproximadamente cinco dias de vida.

Parece o fim para Max, mas todos sabem que em Elysium os moradores tem em suas casas maquinas que curam todas as doenças em instantes. Porém, ir para lá não é fácil. A secretária do governo, Rhodes (Jodie Foster), faz de tudo para preservar o estilo de vida de Elysium e abate tudo e todos que tentam penetrar na estação espacial.

Para conseguir uma passagem e tentar entrar ilegalmente em Elysium, Matt recorrerá a Spider (Wagner Moura), líder dos refugiados que querem tomar a estação. Spider lhe faz uma proposta e o resultado da ação mudará o rumo da vida de todas as pessoas em Elysium e na Terra.

A atuação de Wagner é espetacular, com bastante expressão ele conseguiu dá vida ao personagem de características singulares. Foi uma grande experiência para ele trabalhar em uma ficção científica, ainda mais num lugar que possui uma indústria de cinema com tantos recursos, algo tão diferente da realidade brasileira.

É interessante notar que Elysium é assustador e ao mesmo tempo tão próximo, não parece algo absurdo. Cada vez mais a ficção científica esta perto da realidade em que vivemos. A humanidade é vista em pequenos gestos dos habitantes da Terra, na ajuda ao levantar, em brincar com as crianças na rua ou ajudar um estranho a se esconder. Não vi nenhuma sombra dessa humanidade nos moradores de Elysium.

No filme Max não é o único herói, não há um único herói. A personagem da brasileira Alice Braga se mostra uma mulher forte apesar da tristeza de ver a filha doente. Doença essa que, como tantas, se cura com facilidade na máquina de Elysium.

Vemos então, que a grande dificuldade não é a ausência de uma tecnologia para resolver os problemas, mas sim a de humanidade nas pessoas.

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